Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) no Largo da Batalha:
sem tetos na batalha!
sem tetos na batalha!
.[Fotos e texto: Guina Araújo Ramos, 2015]
Durante
quase um mês (de 08/08 a 05/09/2015), o terreno no Largo da Batalha onde a
Prefeitura de Niterói pretende construir um terminal de ônibus — início da Estrada Francisco da Cruz Nunes, aos
fundos do Fórum de Pendotiba — foi ocupado por mais de 200 famílias, num total de
mais de 700 pessoas.
Biblioteca e sala de brinquedos para a garotada
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Participante mostra interior da barraca,
que divide com o filho
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Cozinha coletiva garante o almoço
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A organização toma cuidado com a higiene do espaço
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Umas das
características mais marcantes da ocupação é a organização em si, tão cuidadosa
quanto criativa.
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Outra é a intenção dos organizadores, que não pretenderam transformar a área em nova favela (diferentemente do que ocorre nas ocupações espontâneas).
A proposta era conseguir das autoridades uma oferta concreta de residências para o grupo, além
de, no geral, chamar a atenção da sociedade para o drama das pessoas que não têm
casa.
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Outra é a intenção dos organizadores, que não pretenderam transformar a área em nova favela (diferentemente do que ocorre nas ocupações espontâneas).
Contrastes no Largo da Batalha:
barracas da ocupação,
casa confortável na rua e favela na ribanceira |
Crianças continuam nas escolas onde estudam
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Embora na última década
tenha caído o déficit habitacional no Brasil, correspondia, no final
de 2014, a cinco milhões de moradias, formado quase totalmente por famílias de
baixa renda.
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Um dos principais motivos para esta situação é o fato de que as
empresas construtoras só se interessam por compradores de maior capacidade aquisitiva.
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O terreno fica atrás do moderno Fórum de Pendotiba |
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O cadastro
das famílias da "Ocupação 6 de abril de 2010" foi entregue à prefeitura de
Niterói, que, em reunião com a coordenação do movimento, se comprometeu por escrito a fazer
a doação de um terreno em região próxima, no bairro do Sapê, onde seriam
alocados os manifestantes, depois de construídas as moradias.
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Em troca, os ocupantes, em boa fé, concordaram
em desmontar o acampamento e voltarem às condições de vida anteriores, à espera
da construção de suas residências.
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Qualquer plástico é útil...
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Ocupante fez um "puxadinho" para o "sofá"...
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Para banho, a antiga guarita do terreno
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A prefeitura planeja para o local um
terminal de ônibus
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Muito interessante, Guina.
ResponderExcluirUm abraço,
Cláudia
Bom ver o acampamento assim retratado, assim eternizado! Porque a sensibilidade do fotógrafo dá força aos momentos singulares, às pessoas e seus sonhos de moradia, tão simples assim... Bom rever, bom não esquecer! Parabéns, Guina.
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